quinta-feira, 13 de novembro de 2008

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Márcia Seglio – Arte-educadora

É uma pergunta extremamente ampla... Acredito muito na educação para uma formação integral no pensar, sentir e agir. Nosso problema é a falta de educação com qualidade e isso se deve à má formação de educadores. A maioria dos educadores não recebe preparação para exercitar sua profissão. Os profissionais que desencadeiam uma formação não só baseada no cognitivo, mas em uma formação integral, muitas vezes criou e trilhou seu próprio caminho e seu conhecimento em VALORES. Isso sim é um “sofrer” mudanças, desconstruir opiniões pré-estabelecidas e passar do olhar para o ver.

PENSAR – SABEDORIA
SENTIR – AMOR
AGIR – VONTADE

Laryssa Carolina Garcia, 21 – Agente recreativo infantil e aluna de Licenciatura de História

Um dos problemas raciais, primeiramente, é o aprofundamento na questão “o que é o racismo?”. Muitas pessoas tomam essa questão, identificando, na maioria das vezes, um problema de etnia negra. Mostra não só o preconceito, mas sim os problemas de todas as etnias e, assim, modificar o modo de pensar de cada um dos alunos e também o mundo das pessoas à minha volta.

Andréa C. Giunta, 38 – Professora de Artes e de História da Arte

Problemas sobre a questão racial: a falta de informação sobre a igualdade social é o maior problema. Não há maior problema do que a ignorância.

O que faço para ajudar a resolve-lo? Como educadora, faço apontamentos em aula, discutindo o tema da diversidade e da igualdade, atingindo meu aluno com imagens, diálogos, ações, fotos e até pelo orkut.

Bruno de Carvalho Palanti, 23 – Turismólogo

Os problemas são muitos, racismo institucional, sistema de cotas (preconceito ou não?), falta de debates, falta de preparo e incentivo para a capacitação (apesar de estar na lei), entre outros. Podemos nos reunir, debater, propor projetos, cobrar o governo (em todas as suas esferas). Acho muito válida a idéia de um intercâmbio de informações entre as pessoas deste curso, para a troca de experiências e aumentar o convívio. Formação de multiplicadores com o objetivo de ampliar o debate para fora das salas de aulas.

Lucinia Rineldi, 41 – Professora

O principal problema é o direito de acesso: seja à educação, à saúde, ao conhecimento de sua condição e o reflexo disso. Entretanto, toda essa discussão passa pela questão do poder, fruto do projeto capitalista, preparado para a América, tudo o que Maurício disse no encontro e que hoje volta à discussão, o G-7, o G-8 ou o G-20.

Luiz Henrique Rodrigues, 53 – Jornalista

Problemas: econômicos e sociais
Solução: uma revolução na educação e na economia e reforma agrária

Juliana P. dos Santos, 27 – estudante de Pedagogia

É a falta de conhecimento das questões do homem em relação com o outro, o homem que está alienado e hoje está incapacitado a ter um olhar crítico do mundo a sua volta. A forma que eu posso fazer para ajudar é socializar quando der e for possível essas questões, é ser cidadão e respeitar o outro, conscientizar a todos.

Claudine, historiadora

Creio que o principal problema é o preconceito velado na nossa sociedade, repercutido desde a primeira escola (o lar), passando pelas instituições educacionais, no mercado de trabalho e atingindo toda a sociedade. O princípio de corrigir um erro é assumir que ele existe. Pais, professores, alunos, cidadãos de uma maneira geral precisam refletir sobre a questão do preconceito, assumir seus erros e a partir daí repensar posturas e atitudes para acabar com esses erros. Eu, como educadora, procuro dentro de minha casa e fora dela agir e dizer coerentemente com o que penso, “posicionando-me”, muitas vezes, para não cair no erro de me achar superior ou inferior a ninguém. Assim, ensino aos meus filhos e meus alunos, que eles respeitem-se a si mesmos, assumam o que são, busquem ajuda e procurem ser únicos e companheiros uns dos outros.

Marcy H. Lopes, 36 – Professora Orientadora de Sala de Leitura

Conscientizar os alunos da importância do respeito à diversidade cultural por meio da literatura bem como incentiva-los a se posicionar frente às desigualdades através da produção de textos escritos, programas de rádio, telejornais escolares, entre outros.

Lucimara Amorim Santos, 22 – Estudante

Resolver um problema não é fácil, porém desejar, querer é o maior dos caminhos. Não tenho uma receita, tenho e acredito na ação e na vontade.

Meires Souza Santos de Lima, 42 – Agente escolar

- A falta de respeito com o ser humano seja branco, amarelo ou negro, as piadas, os estereótipos a começar pela educação, não permitir que aconteça dentro da sala de aula.
- Mostrar, valorizar a cultura negra, mostrando tudo há de bom, sem criar autopiedade, o negro como ser humano tem seu valor e a diferença ta ai, buscar seu lugar, tanto profissionalmente, como culturalmente na sociedade.

Maria Madalena Ramos, 49 – Professora de Educação Física e Psicopedagogia, cursando Pedagogia.

Penso que uma maneira na qual posso fazer alguma diferença, como professora é na escola lançar aos alunos um olhar diferente aos seus colegas de raça diferente, através de jogos, brincadeiras durante as aulas.

Maurício Orestes Parisi, 41 – Professor de História

Enquanto educador, creio que posso contribuir com a colocação de pautas, valorizando a discussão e a análise da desigualdade social brasileira. Contribuindo pela efetivação das leis e participando das discussões curriculares e de projetos. Contudo, acredito que precisamos transcender o âmbito da ação individual e pensarmos ações sociais e construção de mecanismos de igualdade.

Sônia Maria Rabetti, 53 – Do lar, cursando o 4o semestre de pedagogia

O principal problema relacionado à questão racial no Brasil é a desigualdade social onde os negros são mais atingidos.
Obs.: como também o racismo institucional. É uma questão histórica.

Gláucia R. Pereira, 43 – Professora

A meu ver o principal problema é o racismo velado, principalmente as agressões psicológicas: coisas que são ditas “sem querer” ou por puro hábito e que destrói auto-estima e identidade. Isso acontece muito nas escolas (infelizmente), que é meu ambiente de trabalho.

Eliane Santos, 33 – Professora

Um dos mais abrangentes é a idéia de que o racismo não existe e ainda o preconceito velado. Acredito que posso contribuir de forma consciente e direta abordando temas em aula com objetivo de proporcionar ambiente para discutir os problemas e aprendizagem e agindo socialmente também de maneira consciente.

Mary Leda Farah, 54 – Diretora Escolar e Lisea de Azevedo Vannucci, 28 – Professora

- Enfoque na mídia
- Processo histórico
- Oportunidades diferenciadas

Como ajudar...
Revendo nossos pré-conceitos.

Vagner D.G. Carvalheiro, 33 – Professor de Arte/ História da Arte/ Moda

- Falta de informação
- Desigualdade social

Penso que ações individuais, como educador através e ações coletivas.

Wanda Martins, 41 – Psicóloga

Principais problemas:
- Aceitação de que há racismo no Brasil.
- Atitude efetiva dos negros.
- Educação, distribuir conhecimento da cultura africana e afro-brasileira.
- União dos movimentos negros, voluntários
- Intercâmbio desses movimentos.

O que podemos fazer?
Fazer parte dos órgãos que atuam em ações afirmativas e sociais bem como ser multiplicadora de conhecimento e informação das questões étnico-raciais.

Viviane Anibal, 33 – Psicóloga

O maior problema...difícil. Talvez a negação do racismo, seja o nosso maior problema. Uma vez negado, é a pessoa negra que vira racista dos seus iguais; fica natural na mídia, como um todo, uma “população” branca; política de cotas vira privilégio e entre outras coisas, justifica-se também o fato de a população negra morar nos piores lugares e ter menos acesso, como uma questão social. Precisamos assumir o racismo e entender que o combate a ele é problema de toda a população.

Edson Arruda, 46 anos, pedagogo e educador sócio-ambiental

Os principais problemas são vários, mas posso citar apenas três que, em certa medida, englobam todos os outros. São eles:
1. na escola de educação infantil, porta de entrada do cidadão ao estudo, a produção e a reprodução – sem falar da manutenção - de situações raciais são gritantes. Os professores não enfrentam, às vezes, por ignorância e, noutras vezes, por não achar interessante.
2. A falta de discussões sobre ações afirmativas em todos os meios.
3. A problemática fundamental do racismo brasileiro tem como sua principal característica a negação de sua existência, porém, com o advento das cotas para negros nas universidades, fica explícito que quem é contrário às cotas, dentre os quais, muitos estudantes negros, o faz por ignorância, ou se é contrário conscientemente porque não admite a presença negra na universidade, que traria mudanças qualitativas tais que colocariam em xeque o domínio eurocentrista.

Noeli Camargo Dias, professora

O principal problema é o medo do diferente, o medo das diferenças, sejam elas quais forem. O medo das diferenças leva ao estigma que marca o preconceito... a solução está numa neo-educação, voltada para a conscientização do ser humano como consciência, nos atributos de identidade, ética, mega fraternidade...

Jonathas Savathiel, psicólogo

Acredito que a indiferença da história – somos todos iguais – quando não somos. Manter o pensamento de igualdade é manter o não conflito. Se sou igual, não preciso reivindicar. Minha proposta de mudança é a incitação da existência das diferenças. Somo negros, brancos, pobres, ricos...

Aparecida Figueiredo de Souza, 35 anos, babá

Eu acho que o principal problema é a falta de conhecimento de alguns indivíduos. Precisa ter mais respeito um para com o outro e ser mais responsável pelos próprios atos.

Suzilaine, Salvia de Sá, 33 anos, funcionária pública

Os principais problemas são: as diferenças não são só raciais, mas também de classes. Acho que devemos ter uma relação de harmonia, não importando a classe social, raça, etc.

Sem nome

O problema do preconceito racial é tão grande que não daria para responder nesse papel. Eu penso que ações individuais são o princípio das ações de combate aos problemas que têm origem no racismo. A organização das pessoas que se movimentam contra o racismo é importante para que se obtenha efeitos maiores. Do meu canto, do meu mundo, o que eu posso fazer é todo o tempo estar vigilante e exigir que nós negros sejamos tratados enquanto pessoas humanas e de direitos. Essa é uma ação cotidiana: ser vigilante e denunciar casos de racismo, trabalhar em prol da formação de pessoas que vejam no outro a pessoa humana que é.

Rosângela, 29 anos, professora

No Brasil e em qualquer outro país do mundo, o principal problema da questão racial é a reprodução do preconceito. A criança não nasce preconceituosa. Ensinamos a elas. Depois, tentamos ensiná-la a não ter preconceito. Enfim, parece que não evoluímos diante dessa questão.

Silvana, 34 anos , psicóloga

Falta de informações, ter mais iniciativas por parte do governo. Mas, principalmente, que sejam tirados alguns assuntos do papel e colocar em prática. De alguma forma, já estou ajudando, pois quanto mais informações eu tenho, menos preconceituosa serei e certamente levarei isso adiante.

Eloá Maria Pimenta da Silva, 68 anos, enfermeira

1. Educação
2. Palavra
3. Audição
4. Escrita
Pensar – pensar – repensar + 3 + 1 + 2 + pensar + 4 = as diferenças são riquezas

Janete da Costa Pedro, 51 anos, educadora

Para mim, o principal problema é a referência ser sempre o outro, a falta de representatividade do negro e a necessidade de leis para garantir as condições mínimas de igualde. Em suma, falta de educação e cultura.